Shihan Shikanai - Uma breve história

Ichitami Shikanai é japonês de Aomori, nascido em 30/07/1947. Estudou economia na Universidade Meiji (Tóquio, Japão). Chegou ao Brasil em 1975 na delegação do professor Kobayashi Yasuo,
seu professor.

Iniciou suas atividades no estado do Rio de Janeiro como um dos representantes no Brasil perante à Academia Central, Fundação Aikikai, em Tóquio (Japão).

O Professor Ichitami Shikanai, Presidente e Supervisor do ARJ, é um entusiasta estudioso do Aikido (7° dan), do Shinto Muso Ryu Jo (okuiri), do Iai (Muso shinden Ryu). Reside em Belo Horizonte desde 1984, dedicando-se ao ensino dessas artes. Lecionou na Polícia Militar de Belo Horizonte, na cadeira de ataque e defesa, como instrutor de bastão. É o supervisor responsável pelo Aikido Rio de Janeiro - ARJ, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Natal e Jerusalem (Israel). Fundou e administra o Nakatani Dojo, na Savassi, em Belo Horizonte / Minas Gerais.

O professor de Ichitami Shikanai, sensei Kobayashi Yasuo, nasceu em Kudan, Chiyoda-ward, Tokyo, em Setembro de 1936, e foi aluno direto do fundador do Aikido,
Morihei Ueshiba.

Como uchideshi do Hombu Dojo, foi instruido pelo fundador, e também pelo segundo doshu, Kisshomaru Ueshiba sensei. Quando Kobayashi se formou na universidade, em 1958, ele se tornou shidoin (instrutor) no Hombu Dojo, e trabalhou com o segundo doshu, de quem recebeu a missão de difundir o Aikido pelo mundo.

Após abrir seu próprio dojo, em Kodaira, começou a treinar outros alunos, dedicando-se, daqui por diante, à difusão do Aikido, em diversas cidades no Japão.

Em 1975, enviou um de seus alunos, shidoin Ichitami Shikanai ao Brasil, com a missão de estabelecer o Aikido. Kobayashi então começou a viajar pelas Américas, Asia e Europa. Em 2003, contavam-se 120 grupos afiliados ou estabelecidos por Kobayashi em todo o mundo.
Entre os dois principais alunos de Kobayashi, estavam Igarashi e Shikanai. Como Igarashi estava recém casado, Shikanai se apresenta como voluntário para vir ao Brasil. Então, em junho de 1975, chega ao Rio, acompanhado por Kobayashi Yasuo, o prof. Ichitami Shikanai.

Shikanai assume o ensino do Aikido no dojo de Copacabana, substituindo o professor Teruo Nakatani. Monta um dojo em Niterói a ser dirigido diretamente por ele, ficando a academia da Barata Ribeiro sob a direção de Adélio. E o prof. Shikanai ministrando aulas seg/qua/sex, pela manha e à noite, somente.

Na ida para Niterói, acompanham dois faixas-pretas que são fundamentais no Aikido do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Coelho e Bento Guimarães.

No dojo de Niterói, administrado somente por ele, ingressam Antonio Augusto, Alberto Ferreira e Carlos Nogueira. Este ultimo, mais tarde, emigra para Los Angeles, onde ingressa no Iwama-Ryu e hoje – tendo retornado - representa no Brasil a linha do Saito-sensei.

Então, em 1985, Shikanai leva o aikido para Belo Horizonte onde muda com a família para uma casa térrea no bairro de Carlos Prates. Primeiro local de prática foi em casa, depois Praça Raul Soares, um dojo de judô em cima do posto de gasolina e finalmente na Savassi, onde se encontra até hoje com muito sucesso há mais de dez anos e com um trabalho primoroso difundindo e contribuindo para o crescimento
da arte.

Foto 1
Período em que
Kobayashi foi
uchideshi no
Hombu Dojo
(1957)
1. Kobayashi Yasuo
2. Tamura Nobuyoshi
3. Noro Masamichi
4. Yamada Yoshimitsu

Foto 2
Exame de Faixa na Academia Aizen , com Sensei Shikanai e Sensei Antonio Viana

Fonte: Sensei Alberto Ferreira

Tamura Sensei - ryotedori kokyu

48th All Japan Aikido - Ueshiba Moriteru Doshu

Christian Tissier - Shomen Uchi Ikkyo - omote - ura

Para ver e rever inúmeras vezes!

Artes Marciais: Aikido parte 6/6

Aikido - National Geographic - 5

Aikido - National Geographic - 4

Aikido - National Geographic - 3

Aikido - National Geographic - 2

Aikido - National Geographic - 1

Suavidade com energia gera eficiência

O praticante de Aikido deve buscar no seu treinamento diário, o máximo de suavidade possível, evitando movimentos bruscos e com solavancos, que ao fim, resultam numa técnica brutalizada e eivada de força física. A suavidade no Aikido é sinônimo de ausência de choque, quando for efetuar uma técnica com seu parceiro. Todo e qualquer ataque deve ser absorvido de tal forma,que o atacante não sinta a defesa.
Como isso é possível? Ao executar o contato com o Uke, o Tori não deve intencionar sua energia contra o Uke ( seja para esquerda, direita, para cima ou para baixo). Sua defesa ou sua saída, devem ser neutras , de tal forma que o Uke não sinta que está sendo controlado.
Ao efetuar uma defesa por exemplo, nosso primeiro contato deve ser de absorção apenas. O desvio dessa defesa deverá ser feito após esse primeiro contato, onde essa absorção da energia vinda contra o Tori, será neutralizada e depois desviada para a técnica ser finalizada.
O Aikido deve ser praticado com ausência de choque. Essa ausência só é possível, quando estamos totalmente relaxados, quando praticamos o movimento com o máximo de suavidade e circularidade possível, para que a energia flua em nosso tegatana e desloque com o máximo de eficiência possível , nosso Uke.
Uma técnica com choque, bruta, quebra o fluido de energia em nosso corpo, de forma que , para conseguirmos finalizar o movimento, inapelavelmente, teremos que apelar para a força física. A ausência de harmonia representada no primeiro contato ou no primeiro deslocamento, impede que nossa energia se harmonize com a do nosso atacante , gerando assim um choque de energias que só será resolvido forçando o movimento de forma quebrada e forçada.
Suavidade não é treinar devagar ou "mole", mas treinar relaxado, sem intenção, para que a absorção seja perfeita, as energias de Uke e Tori, se encaixem e a energia final flua com potência total.

NOVA TURMA DE JUDO EM SÃO GONÇALO

Prezados amigos,
O Sensei Alexandre Martins inaugurou sua nova turma de judo em São Gonçalo.
Parabéns Sensei! Sucesso em sua nova empreitada!

SITE DE WING CHUN

PREZADOS AMIGOS DAS ARTES MARCIAIS,
VALE A PENA ACESSAR O SITE DO MESTRE LEONARDO TIENGO, DE WING CHUN!
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Aula inaugural do Hajime Satori dojo

Eu, Erika Mendonça, responsável pelo Hajime Satori Dojo, tive a honra
de contar com a presença de ilustres praticantes da Arte, como
Sensei Alvaro Carvalhaes ( AMMA DOJO), Sensei Gustavo Vabo ( Alberto Ferreira),
Sensei Flavio Henrique ( Carlos Nogueira), Sensei Daniel Wander ( AMMA DOJO)
entre outros, que prestigiaram a aula inaugural ocorrida no dia 8 de março
de 2010. O treino transcorreu num clima de muita harmonia, alegria e cooperação.
No dia 8 de março de 2010, o Hajime Satori Dojo deu início à uma longa
e perseverante jornada em busca de sabedoria, evolução e harmonia através da
prática do Aikido. Nosso Dojo buscará sempre a integração para a evolução maior.
Sejam todos bem vindos!

A espiritualidade nas artes marciais

Com o advento da Era Tokugawa e a instauração da paz civil no Japão, viu-se florescer o que é hoje, chamado de os budo, em que o sufixo do, enfatiza a prática de uma senda de aperfeiçoamento interior, mais do que uma simples aquisição de técnicas.
Assim , hoje, falamos em Kendo, Iaido, Judô, Karatedo, Aikido...
Vê-se então que, com o tempo, a disciplina guerreira se transformou realmente numa senda de evolução, tendo o guerreiro tomado consciência de que a essência da arte marcial era o amor ao próximo. Para isso foi necessário que ele vencesse a si mesmo e desse prova de coragem e perseverança.

A dificuldade de apresentar a noção de do ( senda) relativamente à de jitsu ( técnica) está na contradição que existe entre o combate com um adversário físico e o combate contra si mesmo. Cada adepto , conforme sua aptidão física, seu temperamento, sua educação ou sua evolução espiritual, tende a privilegiar um ou o outro desses combates. Seja como for, a arte marcial é uma senda régia na qual o praticante é chamado , após um longo e difícil aprendizado, a construir uma obra-prima, como faziam outrora os construtores de catedrais. Mas essa obra-prima, é o próprio ser humano. Nisso o Budo é um caminho iniciático, um trabalho sobre si mesmo, uma ascese interior que deve sempre manter uma ligação com uma filosofia.
É uma prática que tem o objetivo de que o indivíduo se abstenha do que a vida diária tem de violento e frustrante, a fim de alcançar a plenitude. Sua meta é permitir a cada qual o construir-se física, mental e espiritualmente.

Numa primeira etapa, o adepto da arte marcial, deve aprender a defender seu corpo contra todo inimigo, sem apelar para armas, a fim de fortalecer sua mente. Numa segunda etapa, ele precisa descobrir e compreender que a rigidez corporal deve dar lugar à flexibilidade. Quando ele se defronta com uma situação perigosa, o budoka deve sempre manter o sangue frio , graças ao que se pode com razão chamar de autodomínio.
Este só se adquire com o treinamento do corpo e do espírito. Alem disso, ele deve estar em condição , não somente de neutralizar um adversário, mas também de colocá-lo no reto caminho, após ter eliminado nele, o desejo de destruir e tê-lo feito compreender o erro de seu comportamento.

Assim , um dos princípios fundamentais do Budo, assenta na aptidão do indivíduo para viver sem inimigos e com a convicção de que o inimigo não é outro, senão ele próprio.
As artes marciais não são em caso algum , uma apologia da violência e sim um combate contra o ódio para instaurar o amor.
Devemos sempre ter em mente que se o outro continuar a ser nosso inimigo , se não cessarmos de querer nos tornar seu mestre em vista disso, então, estaremos nos equivocando no objetivo maior. Na realidade, o adversário não é o outro; somos nós mesmos. Para sermos mais precisos, é a parte de nós mesmos que nos escapa e que não controlamos. É o nosso ego, no que ele tem de mais negativo.

No Kojiki, antigo livro de lendas japonesas, consta claramente que a arte marcial era, não somente um meio de lutar, mas também um meio de alcançar certa sublimação do espírito e um despertar espiritual.

Izasa Choisai Ienao, prega que uma escola marcial deve propor aos alunos, um ideal de vida, um conhecimento das artes, uma disciplina do caráter e um desabrochar da alma.
O budo é uma escola da vida, com a recusa de uma violência não obstante contida em técnicas que ensinam como infligir a morte.
Àqueles que duvidem de que o budo seja um empenho filosófico, devemos indicar que a palavra dojo tem por origem o vocábulo sânscrito bodhi-manda, que se refere à esfera radiosa e pura que circundava o Buda plenamente desperto. Em seu sentido mais místico, o dojo é então um lugar consagrado onde se pratica um misogi, ou seja, uma purificação do corpo e do espírito, com o fim de alcançar o estado de despertar e verdade.

Citações:
"O Aikido, é uma arte de não violência ativa. Não se procura destruir o adversário, mas levá-lo a uma atitude mais conciliadora. É neste sentido, que se pode falar em envolver seu adversário com o coração." - Michel Soulenq

"Não há combate no Aikido. Um verdadeiro guerreiro é invencível, porque ele ou ela, não combate nada. Agredir significa agredir o espírito de disputa que temos em nós mesmos." - Morihei Ueshiba

Shikanai Sensei Basics

Shikanai Sensei Basics

Aikido Kokyu Ho Shikanai

Aikido Shikanai

Shikanai Sensei Basics

Técnicas básicas de Sensei Shikanai

DESAFIOS NO TREINO...

Como o Aikido é uma arte marcial de técnicas que necessitam amplamente de um parceiro para serem executadas, é preciso saber distinguir o limite entre colaborar/facilitar X travar/não se deixar levar facilmente.
Quem treina Aikido sabe que nos primeiros anos de treino, se não houver uma pequena colaboração do Uke ( quem sofre a técnica), fica praticamente impossível de se executar o movimento e obviamente, de se treinar Aikido, visto que a mesma é uma arte complexa, sofisticada e de muitos detalhes.
No entanto, percebe-se em muitos praticantes, sentimentos ambíguos perante seus parceiros, ambos prejudiciais ao treino verdadeiramente marcial.
Vamos a eles:
Vejamos um exemplo: Tori ( quem executa a técnica), não consegue deslocar com energia e eficiência , seu uke. Seu ego nessa circunstância, indispõe-se e ele começa a usar a força. O Insucesso persiste. Tomado de vaidade e irritação, persiste no erro, usando de brutalidade , treinando de forma errônea e perigosa, pois poderá facilmente causar uma lesão ao seu parceiro.
Diante de tal possibilidade, acontece o inevitável: Uke acaba facilitando o movimento, deixando-se levar falsamente. NEste momento, criou-se uma perigosa ilusão para o tori: A de que ele obteve êxito na técnica e que portanto, está evoluindo no AIkido.

Vejamos outro exemplo: Uke confunde o sentimento de não se deixar levar facilmente e trava o movimento de seu parceiro. Agora, ele está criando um sentimento de frustração no Tori, e a falsa sensação de não estar evoluindo como praticante.

Tais situações, infelizmente repetem-se rotineiramente e demonstram a fragilidade psicológica do ser humano.
Para se treinar, a importância do parceiro, de seu ataque e de seu acompanhamento sincero, são vitais para o sucesso na evolução.
É preciso portanto caminhar na verdade, para que o "EU" e o "OUTRO", evoluam verdadeiramente, com sabedoria e humildade.

Aikido, A Arte de decapitar o Ego

No nosso Dojo, assim como em todo dojo onde se treina com sentimento d'alma, buscamos conjugar o treinamento marcial ( físico), com o treinamento psicológico e espiritual.
Acredito que o verdadeiro praticante de Aikido, busca através da mais profunda sinceridade e pureza de espírito, a verdade sobre todas as coisas e sobre si mesmo.
Isso, com o decorrer do treinamento contínuo e dedicado, brota aos poucos no âmago do praticante, em situações em que ele se defronta com suas limitações e com seus obstáculos pessoais.

O caminho do Aikido, assim como outras artes marciais, é permeado de um conjunto de características globais, no qual todos trilham , sem exceção e dentro desse conjunto, o qual podemos denominar de treinamento das técnicas propriamente ditas, cada pessoa confronta-se consigo mesma, em situações específicas e íntimas , que geram no praticante, sentimentos de orgulho, vaidade, medo, desânimo, competitividade... enfim: O EGO!

É nesse determinado momento em que um praticante distingue-se do discípulo.
Enquanto aquele tenta a todo custo, provar para si mesmo, e principalmente para os outros, que ele é o melhor, que ele sabe, que ele domina, mesmo que intimamente , a insegurança o permeie,o discípulo despoja-se de todo e qualquer resquício de orgulho e vaidade e humildemente, a cada dia de treino, abre seu coração, seu corpo e seu espírito, para um novo ensinamento, um novo aspecto antes não percebido que mostre a ele, que ele está longe de tudo saber , de tudo dominar.

O discípulo decapita seu ego a cada dia, não somente no dojo , mas também na vida, despojando sua mente de falsos saberes que o levam à estagnação e consequentemente à derrota resultante da ilusão que assalta aquele que experimenta o sabor de pequenas vitórias.

O Dojo é um espelho da nossa vida, e a forma como treinamos é um espelho de nossa condição psicológica e espiritual no momento.
Por isso, sempre lembro a mim mesma e a meus alunos, que não estamos apenas treinando Aikido, não estamos apenas executando uma técnica com nosso parceiro. Devemos atentar para a forma como estamos fazendo isso.
É de uma forma apressada, brusca, com movimentos truncados, onde o objetivo é apenas finalizar a técnica e subjugar nosso parceiro?
Ou é de uma forma centrada, almejante da perfeição e da suavidade?
Exemplificando: fazendo uma analogia com a vida... pessoas que não vivem, que estão sempre com pressa, fazem as coisas automaticamente, de forma obrigatória, opressa e portanto, infeliz.

O Dojo é um mar de egos ( todo ser humano possui suas fraquezas), onde o verdadeiro lutador é aquele que não luta contra o outro, contra a vida , mas luta contra seus sentimentos sombrios, para que consiga enxergar a luz da sabedoria e consequentemente , da vitória.

Masakatsu Agatsu Katsuhayabi

A vitória verdadeira é a vitória sobre si mesmo, agora!
Seja vitorioso todas as vezes e em todas as situações, sem lutar!

Somente através do treinamento sincero, dedicado e despojado de sentimentos de orgulho e vaidade, que o praticante poderá almejar a unificação do ki, da mente e do corpo. Nesse estado, ele conseguirá gerar um fluxo poderoso de energia.
Tal estado era chamado pelo Fundador de Nen. O nen quando colocado no centro do Ki universal , gera um tipo especial de intuição que responde imediatamente à qualquer eventualidade. Essa intuição pura, simbolizada nas artes marciais japonesas, como o "estado de água serena/ espelho brilhante", denota perfeitamente o tema Masakatsu agatsu katsuhayabi.

Masakatsu é conformar seu coração à verdade e perserverar até o fim para atingir a vitória.
Agatsu significa derrotar a natureza inferior e transcender o egoísmo.
Katsuhayabi é a capacidade de responder a qualquer eventualidade de maneira fluida, harmoniosa e desimpedida, sem hesitação ou oscilação.

Em suma, no Caminho do valor marcial, a vitória verdadeira, é a vitória do espírito.

Abaixo, duas doka do Fundador sobre o tema:

A verdadeira vitória é a vitória sobre si mesmo!
Harmonize-se com
a essência das coisas
e encontre a salvação
dentro do seu corpo e da sua alma!

Contemplando este mundo
às vezes eu suspiro um lamento
mas logo continuo minha batalha
banhado pela luz espiralada
que traz para mais perto o Dia da vitória Rápida!

Fonte: Os segredos do Aikido - John Stevens
A Arte do Aikido - Kisshomaru Ueshiba

Furitama - Exercícios para o Ki

Na figura acima, vemos como os shintoistas tradicionais fazem o Misogui. Observe as semelhanças com os exercicios que fazemos nas aulas do Instituto Takemussu e nos dojos tradiconais em todo o mundo. Estes exercicios fazem parte dos ensinamentos do Templo Tsubaki onde " mora", o kami : Sarutahiko-O-Kami, no Japão. O professor Wagner Bull possui o livro de onde estes exercicios foram retirados antes de ir para a Internet. Existe um templo na California filiado ao templo niponico.

Misogi e Exercícios Espirituais
Antes do Misogi
A mente e o corpo devem estar condicionados antes do misogi. Na noite anterior, é recomendado que não se coma carne e não se beba nada alcoólico. Os sentidos devem estar liberados, pois estamos evitando substâncias físicas que poderiam distorcer ou nublá-los. Eles tem que estar prontos para estarem receptivos.

Preparação
Aqueles que tomarão parte se reúnem em frente do escritório do Santuário na hora combinada e, de lá vão até o salão ao lado do Haiden para receber o chamado shubatsu, uma forma simplifidada de oharai. Como a cachoeira, chamada de Konryu Myojin (Myojin quer dizer "Kami bondoso") é um Kami, há a necessidade de purificar-se antes de entrar. Em seguida, vamos aos vestiários onde os homens colocam vestimentas (tipo cirolas) brancas e hachimaki, faixas na cabeça, e as mulheres colocam robes longos e brancos, como kimonos e hachimaki. Após deixarem os vestiários, nos movemos até uma área aberta acima da entrada da cachoeira e ficamos de frente com o Honden. Fazemos reverências duas vezes, batemos palmas duas vezes e reverenciamos mais uma vez. Agora estamos prontos para começar os exercícios de aquecimento.

Exercício I: Furitama (Chacoalhar a Alma)
1. Fique de pé abrindo suas pernas na largura de seus ombros.
2. Junte suas mãos, com a mão direita sobre a mão esquerda. Deixe um espaço entre elas, grande o suficiente para uma bola de pingue-pongue imaginária.
3. Coloque suas mãos nessa posição em frente de seu estômago e balance-as vigorosamente para cima e para baixo.
4. Enquanto as chacoalha, concentre-se e repitas as palavras: Harae-do-no-Okami --- uma invocação para o Kami do lugar do harai.



Objetivo do Exercício I
O propósito de se chacoalhar a alma é o de gerar a percepção dele em seu próprio ser. Kon (a alma) em Shinto, é um dos quatro elementos importantes, juntamente com Mei (vida), Rei (o espírito) e Ki (o qual significa Espírito no aspecto causal --- Ki é um tipo de fonte de energia). Kon é a mais importante dos quatro, pois os seres humanos podem ser descritos também como Waketama (almas separadas individualmente), que é uma maneira diferente de se dizer "crianças do Kami".

Exercício II: Torifune (Exercício de Remar)
1. Fique de pé e coloque sua perna esquerda à frente.
2. Feche ambos os pulsos com seus dedões dentro.
3. Incline-se para a frente e mova seus braços como se estivesse remando um bote, começando de seu joelho esquerdo e terminando próximo as suas axilas. Ao "remar", grite "Yie".
4. Execute isso vinte vezes e em seguida repita o Furitama.
5. Troque sua posição colocando sua perna direita à frente, repita o Torifune gritando "Ei" e "Ho" alternadamente. Faça isso por vinte vezes e repita o Furitama.
6. Volte a posição com o pé esquerdo à frente e com os punhos cerrados como antes, traga suas mãos até seu peito e grite "Yie", jogando-as para baixo e para frente com suas mãos abertas e seus dedos estendidos, para gritar "Se". Após isso, repita novamente o Furitama.

Objetivo do Exercício II
O propósito básico é introduzir uma dimensão de exercícios físicos juntamente com espirituais. Por ser o misogi uma experiência psicofísica, ambos os tipos de aquecimento são necessários.

Exercício III: Otakebi (Gritando)
1. Fique em pé deixando um espaço entre seus pés.
2. Coloque suas mãos em sua cintura.
3. Siga o michihiko (líder) quando ele gritar as palavras seguintes em invocação: Iku-tama! Taru-tama! Tama- tamaru-tama!
4. Siga-o repetindo três vezes a invocação: Okami! Okami! Kunitsu-Okami! Sarutahiko Okami To-toshi-ya!

Objetivo do Exercício III
Gritando Iku-tama ativa a alma que está começando a ter percepção. Taru-tama afirma a percepção de que voce pode ter o infinito em sua alma. Tama-tamaru-tama confirma ambos e mantém a alma ativa em seu nível energético. A invocação de fechamento é endereçada a Sarutahiko Okami, líder dos kamis terrenos e reconhece-o em seu grande poder.

Exercício IV: Okorobi (Entrega/Rendição)
1. Fique em pé como no Exercício III.
2. Coloque a mão esquerda em sua cintura e sua mão direita com dois dedos estendidos, num gesto como se fosse uma "Saudação de Escoteiro".
3. Três Kami são invocados aqui e , com cada invocação voce corta o ar com um movimento de varredura (como se estivesse varrendo/escovando) com sua mão direita, a seguir: Kunitoko-tachi-no-Mikoto! "Yie!" Sarutahiko-no-Okami! "Yie!" Kokuryu-no-Okami! "Yie!" Em cada corte no ar, voce deve dar um passo à frente com seu pé esquerdo e voltar em seguida.

Objetivo do Exercício IV
Especificando esses três importantes Kami, Kunitokotachi-no-Mikoto (o Kami da Terra), Sarutahiko-no-Okami (Kami de guia e chefe dos Kami terrenos), e Kokuryu-no-Okami (kami da água, vida e do ki), voce pode unir-se a eles, remover suas impurezas e receber o poder como se fosse um poder próprio seu.

Exercício V: Ibuki (Respiração)
1. Fique em pé com seus pés separados.
2. Abaixe suas mãos e braços até seus joelhos.
3. Levante seus braços acima de sua cabeça, estendendo-os para fora completamente.
4. Respire enquanto os levanta.
5. Expire vagarosamente e deliberadamente enquanto abaixa suas mãos novamente.
6. Coloque suas mãos e braços até os joelhos e expire completamente.
7. Repita isso cinco vezes.
8. Vire de frente para a cachoeira, reverencie duas vezes, bata palmas uma vez e abra seus braços com as palmas viradas para cima, em direção à cachoeira.

Objetivo do Exercício V
O propósito é concluir a preparação, respirando profundamente, o que tem um efeito de elevar o metabolismo do Ki ao seu nível mais alto de sensitividade e receptividade, por estar absorvendo o Ki do Universo.

Exercício VI: Nyusui (Entrando na Água)
1. Um pouco antes de entrar na água, voce receberá do michihiko, Sakashio (sal purificador), que será salpicado em voce.
2. Receba uma colher (colher longa para servir líquidos) com sal e sakê Japoneses. Borrife na correnteza com a boca cheia, por três vezes.
3. O michihiko recitará a prece com nove letras, seguinte: Ryn-Pyo-To-Sha-Kai-Zin-Retsu_Zai-Zen 1-2-3-4-5-6-7-8-9
4. O michihiko então corta o ar simbolicamente por nove vezes, e grita "Yei!" O Significado da Oração e do Quadrado, em Shinto, os números de 1 a 9 são usados para simbolizar o mundo secular e suas impurezas. Antes de entrar na água, o ato de cortar o quadrado implica em remover as impurezas da existência de suas nove áreas.
5. Entre na água e jogue água em seu rosto, peito e pernas.
6. Bata palmas duas vezes e reverencie uma vez.
7. Corte o ar da direita para esquerda com sua mão direita, como no Exercício IV.
8. Aproxime-se da catarata e entre com o ombro direito primeiro. Gire e fique de frente para o michihiko, segurando suas mãos à frente, com seus dedos médios juntos, apontando para fora de voce.
9. Grite o seguinte: Harae-tamae-Kyiome-tamae-ro-kon-sho-jo!. Continue até que o Michihiko grite "Yei!", como um sinal para que se saia.

Significado da Oração Final
As expressões harae e kyiome apelam para a purificação do indivíduo, ao banhá-lo limpando todos seus tsumi do ro-kon-sho-jo, dos seis elementos dos seres humanos identificados no Shinto, cinco sentidos e da mente. Após o misogi, os participantes voltam ao Haiden após se secarem para um período de chinkonto, prática espiritual, para pacificar a alma. Isso, por sua vez, é seguido por um naorai, uma cerimônia de beber com o Kami que tem efeito de fortificar o musubi vertical. Em outras palavras, as ligações entre as pessoas e o kami se tornam mais fortes. Como é celebrado pelos participantes, musubi horizontal também se fortalece. As conexões entre kami-seres humanos, e o ser humano sendo humano, se torna mais eficiente e na relação pessoa com pessoa e pessoa em relação ao kami podem começar a entender e a se tornar o que seu destino decretou em seu nascimento. Essa é a meta de um misogi ideal e do Shinto --- a tornar possível, como dito por um estudioso, um homo-sapiens se transformar em um homo-excelente.

Atari and Musubi 09_Seishiro Endo Shihan 当たりと結び09_遠藤征四郎 師範

ANDERSON SILVA APRENDENDO COM STEVEN SEAGAL - 2010 - LA/USA

Esse vídeo demonstra que o Aikido, além de toda a sua filosofia marcial,
também é uma luta completa, que dotam o lutador de inúmeras possibilidades
num combate real.
Vale a pena conferir!
abçs a todos.

O Começo da Iluminação

Caros amigos amantes do Aikido,
Pode parecer muita pretensão o título acima, mas é o significado
literal do novo Dojo de Aikido em Niterói - RJ.
Ao meu ver, todo praticante de Aikido e das artes marciais em geral, buscam , assim,
como , mal comparando , o Fundador, a iluminação.
Eu, como praticante da arte há mais de 17 anos, trilho essa busca incessante,
do conhecimento através da prática e da meditação.
A humildade é o farol que ilumina esse caminho.
Portanto, o que busco oferecer àqueles que se interessam em treinar o Aikido,
é o começo da iluminação , que somente a prática incessante das técnicas e da filosofia do
Aikido , podem proporcionar ao praticante.
Aikido é um caminho de vida,
É a essência da vida, quando vislumbrado além de uma simples arte marcial.
Aikido encerra em si, o comprometimento de uma busca maior ,
Uma busca que nos leva a nos defrontarmos com nosso maior adversário:
Nós mesmos!
Um grande abraço a todos!