segunda-feira, 30 de agosto de 2010

VISITA AO AMMA DOJO




No último dia 24 de agosto, tive o imenso prazer de ser convidada para ministrar um treino no AMMA Dojo, do Sensei Alvaro Carvalhaes, do grupo do Sensei Luc Leone.
Foi uma honra para mim, passar o pouco que eu sei, para um grupo tão especial quanto o grupo do Sensei Alvaro. É realmente um privilégio quando podemos compartilhar momentos especiais com pessoas especiais.
Somente o Aikido propicia isso: união, em busca de harmonia e progresso espiritual.
Só posso agradecer de coração a oportunidade única de vivenciar de forma plena, o AIkido: Conseguimos nessa noite unir a harmonia, a energia e o amor nesse lindo caminho chamado Aikido.
Domo arigato gozaimashita!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Shihan Shikanai - Uma breve história




Ichitami Shikanai é japonês de Aomori, nascido em 30/07/1947. Estudou economia na Universidade Meiji (Tóquio, Japão). Chegou ao Brasil em 1975 na delegação do professor Kobayashi Yasuo,
seu professor.

Iniciou suas atividades no estado do Rio de Janeiro como um dos representantes no Brasil perante à Academia Central, Fundação Aikikai, em Tóquio (Japão).

O Professor Ichitami Shikanai, Presidente e Supervisor do ARJ, é um entusiasta estudioso do Aikido (7° dan), do Shinto Muso Ryu Jo (okuiri), do Iai (Muso shinden Ryu). Reside em Belo Horizonte desde 1984, dedicando-se ao ensino dessas artes. Lecionou na Polícia Militar de Belo Horizonte, na cadeira de ataque e defesa, como instrutor de bastão. É o supervisor responsável pelo Aikido Rio de Janeiro - ARJ, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Goiânia, Natal e Jerusalem (Israel). Fundou e administra o Nakatani Dojo, na Savassi, em Belo Horizonte / Minas Gerais.

O professor de Ichitami Shikanai, sensei Kobayashi Yasuo, nasceu em Kudan, Chiyoda-ward, Tokyo, em Setembro de 1936, e foi aluno direto do fundador do Aikido,
Morihei Ueshiba.

Como uchideshi do Hombu Dojo, foi instruido pelo fundador, e também pelo segundo doshu, Kisshomaru Ueshiba sensei. Quando Kobayashi se formou na universidade, em 1958, ele se tornou shidoin (instrutor) no Hombu Dojo, e trabalhou com o segundo doshu, de quem recebeu a missão de difundir o Aikido pelo mundo.

Após abrir seu próprio dojo, em Kodaira, começou a treinar outros alunos, dedicando-se, daqui por diante, à difusão do Aikido, em diversas cidades no Japão.

Em 1975, enviou um de seus alunos, shidoin Ichitami Shikanai ao Brasil, com a missão de estabelecer o Aikido. Kobayashi então começou a viajar pelas Américas, Asia e Europa. Em 2003, contavam-se 120 grupos afiliados ou estabelecidos por Kobayashi em todo o mundo.
Entre os dois principais alunos de Kobayashi, estavam Igarashi e Shikanai. Como Igarashi estava recém casado, Shikanai se apresenta como voluntário para vir ao Brasil. Então, em junho de 1975, chega ao Rio, acompanhado por Kobayashi Yasuo, o prof. Ichitami Shikanai.

Shikanai assume o ensino do Aikido no dojo de Copacabana, substituindo o professor Teruo Nakatani. Monta um dojo em Niterói a ser dirigido diretamente por ele, ficando a academia da Barata Ribeiro sob a direção de Adélio. E o prof. Shikanai ministrando aulas seg/qua/sex, pela manha e à noite, somente.

Na ida para Niterói, acompanham dois faixas-pretas que são fundamentais no Aikido do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Coelho e Bento Guimarães.

No dojo de Niterói, administrado somente por ele, ingressam Antonio Augusto, Alberto Ferreira e Carlos Nogueira. Este ultimo, mais tarde, emigra para Los Angeles, onde ingressa no Iwama-Ryu e hoje – tendo retornado - representa no Brasil a linha do Saito-sensei.

Então, em 1985, Shikanai leva o aikido para Belo Horizonte onde muda com a família para uma casa térrea no bairro de Carlos Prates. Primeiro local de prática foi em casa, depois Praça Raul Soares, um dojo de judô em cima do posto de gasolina e finalmente na Savassi, onde se encontra até hoje com muito sucesso há mais de dez anos e com um trabalho primoroso difundindo e contribuindo para o crescimento
da arte.

Foto 1
Período em que
Kobayashi foi
uchideshi no
Hombu Dojo
(1957)
1. Kobayashi Yasuo
2. Tamura Nobuyoshi
3. Noro Masamichi
4. Yamada Yoshimitsu

Foto 2
Exame de Faixa na Academia Aizen , com Sensei Shikanai e Sensei Antonio Viana

Fonte: Sensei Alberto Ferreira

domingo, 11 de julho de 2010

Suavidade com energia gera eficiência


O praticante de Aikido deve buscar no seu treinamento diário, o máximo de suavidade possível, evitando movimentos bruscos e com solavancos, que ao fim, resultam numa técnica brutalizada e eivada de força física. A suavidade no Aikido é sinônimo de ausência de choque, quando for efetuar uma técnica com seu parceiro. Todo e qualquer ataque deve ser absorvido de tal forma,que o atacante não sinta a defesa.
Como isso é possível? Ao executar o contato com o Uke, o Tori não deve intencionar sua energia contra o Uke ( seja para esquerda, direita, para cima ou para baixo). Sua defesa ou sua saída, devem ser neutras , de tal forma que o Uke não sinta que está sendo controlado.
Ao efetuar uma defesa por exemplo, nosso primeiro contato deve ser de absorção apenas. O desvio dessa defesa deverá ser feito após esse primeiro contato, onde essa absorção da energia vinda contra o Tori, será neutralizada e depois desviada para a técnica ser finalizada.
O Aikido deve ser praticado com ausência de choque. Essa ausência só é possível, quando estamos totalmente relaxados, quando praticamos o movimento com o máximo de suavidade e circularidade possível, para que a energia flua em nosso tegatana e desloque com o máximo de eficiência possível , nosso Uke.
Uma técnica com choque, bruta, quebra o fluido de energia em nosso corpo, de forma que , para conseguirmos finalizar o movimento, inapelavelmente, teremos que apelar para a força física. A ausência de harmonia representada no primeiro contato ou no primeiro deslocamento, impede que nossa energia se harmonize com a do nosso atacante , gerando assim um choque de energias que só será resolvido forçando o movimento de forma quebrada e forçada.
Suavidade não é treinar devagar ou "mole", mas treinar relaxado, sem intenção, para que a absorção seja perfeita, as energias de Uke e Tori, se encaixem e a energia final flua com potência total.

sábado, 10 de julho de 2010

NOVA TURMA DE JUDO EM SÃO GONÇALO


Prezados amigos,
O Sensei Alexandre Martins inaugurou sua nova turma de judo em São Gonçalo.
Parabéns Sensei! Sucesso em sua nova empreitada!

quinta-feira, 8 de julho de 2010

SITE DE WING CHUN

PREZADOS AMIGOS DAS ARTES MARCIAIS,
VALE A PENA ACESSAR O SITE DO MESTRE LEONARDO TIENGO, DE WING CHUN!
ABÇS PARA TODOS!
http://tinyandei.com/
ACESSE TAMBÉM:
http://www.bichosonline.vet.br/

Aula inaugural do Hajime Satori dojo


Eu, Erika Mendonça, responsável pelo Hajime Satori Dojo, tive a honra
de contar com a presença de ilustres praticantes da Arte, como
Sensei Alvaro Carvalhaes ( AMMA DOJO), Sensei Gustavo Vabo ( Alberto Ferreira),
Sensei Flavio Henrique ( Carlos Nogueira), Sensei Daniel Wander ( AMMA DOJO)
entre outros, que prestigiaram a aula inaugural ocorrida no dia 8 de março
de 2010. O treino transcorreu num clima de muita harmonia, alegria e cooperação.
No dia 8 de março de 2010, o Hajime Satori Dojo deu início à uma longa
e perseverante jornada em busca de sabedoria, evolução e harmonia através da
prática do Aikido. Nosso Dojo buscará sempre a integração para a evolução maior.
Sejam todos bem vindos!

terça-feira, 6 de julho de 2010

A espiritualidade nas artes marciais

Com o advento da Era Tokugawa e a instauração da paz civil no Japão, viu-se florescer o que é hoje, chamado de os budo, em que o sufixo do, enfatiza a prática de uma senda de aperfeiçoamento interior, mais do que uma simples aquisição de técnicas.
Assim , hoje, falamos em Kendo, Iaido, Judô, Karatedo, Aikido...
Vê-se então que, com o tempo, a disciplina guerreira se transformou realmente numa senda de evolução, tendo o guerreiro tomado consciência de que a essência da arte marcial era o amor ao próximo. Para isso foi necessário que ele vencesse a si mesmo e desse prova de coragem e perseverança.

A dificuldade de apresentar a noção de do ( senda) relativamente à de jitsu ( técnica) está na contradição que existe entre o combate com um adversário físico e o combate contra si mesmo. Cada adepto , conforme sua aptidão física, seu temperamento, sua educação ou sua evolução espiritual, tende a privilegiar um ou o outro desses combates. Seja como for, a arte marcial é uma senda régia na qual o praticante é chamado , após um longo e difícil aprendizado, a construir uma obra-prima, como faziam outrora os construtores de catedrais. Mas essa obra-prima, é o próprio ser humano. Nisso o Budo é um caminho iniciático, um trabalho sobre si mesmo, uma ascese interior que deve sempre manter uma ligação com uma filosofia.
É uma prática que tem o objetivo de que o indivíduo se abstenha do que a vida diária tem de violento e frustrante, a fim de alcançar a plenitude. Sua meta é permitir a cada qual o construir-se física, mental e espiritualmente.

Numa primeira etapa, o adepto da arte marcial, deve aprender a defender seu corpo contra todo inimigo, sem apelar para armas, a fim de fortalecer sua mente. Numa segunda etapa, ele precisa descobrir e compreender que a rigidez corporal deve dar lugar à flexibilidade. Quando ele se defronta com uma situação perigosa, o budoka deve sempre manter o sangue frio , graças ao que se pode com razão chamar de autodomínio.
Este só se adquire com o treinamento do corpo e do espírito. Alem disso, ele deve estar em condição , não somente de neutralizar um adversário, mas também de colocá-lo no reto caminho, após ter eliminado nele, o desejo de destruir e tê-lo feito compreender o erro de seu comportamento.

Assim , um dos princípios fundamentais do Budo, assenta na aptidão do indivíduo para viver sem inimigos e com a convicção de que o inimigo não é outro, senão ele próprio.
As artes marciais não são em caso algum , uma apologia da violência e sim um combate contra o ódio para instaurar o amor.
Devemos sempre ter em mente que se o outro continuar a ser nosso inimigo , se não cessarmos de querer nos tornar seu mestre em vista disso, então, estaremos nos equivocando no objetivo maior. Na realidade, o adversário não é o outro; somos nós mesmos. Para sermos mais precisos, é a parte de nós mesmos que nos escapa e que não controlamos. É o nosso ego, no que ele tem de mais negativo.

No Kojiki, antigo livro de lendas japonesas, consta claramente que a arte marcial era, não somente um meio de lutar, mas também um meio de alcançar certa sublimação do espírito e um despertar espiritual.

Izasa Choisai Ienao, prega que uma escola marcial deve propor aos alunos, um ideal de vida, um conhecimento das artes, uma disciplina do caráter e um desabrochar da alma.
O budo é uma escola da vida, com a recusa de uma violência não obstante contida em técnicas que ensinam como infligir a morte.
Àqueles que duvidem de que o budo seja um empenho filosófico, devemos indicar que a palavra dojo tem por origem o vocábulo sânscrito bodhi-manda, que se refere à esfera radiosa e pura que circundava o Buda plenamente desperto. Em seu sentido mais místico, o dojo é então um lugar consagrado onde se pratica um misogi, ou seja, uma purificação do corpo e do espírito, com o fim de alcançar o estado de despertar e verdade.

Citações:
"O Aikido, é uma arte de não violência ativa. Não se procura destruir o adversário, mas levá-lo a uma atitude mais conciliadora. É neste sentido, que se pode falar em envolver seu adversário com o coração." - Michel Soulenq

"Não há combate no Aikido. Um verdadeiro guerreiro é invencível, porque ele ou ela, não combate nada. Agredir significa agredir o espírito de disputa que temos em nós mesmos." - Morihei Ueshiba